O que professores devem ou não fazer para se destacar no trabalho?
Quando pensamos sobre o que vem acontecendo com o mundo após o avanço das tecnologias, da informatização e surgimento das inteligências artificiais, nos perguntamos o que vai acontecer com diversas profissões.
Neste contexto, vamos falar especificamente sobre o professor de inglês, um profissional requisitado que detém um diferencial e tanto em um mercado de trabalho cada vez mais globalizado.
Quais são as perspectivas para o profissional que domina a língua e quer ensiná-la? O que é preciso fazer para alcançar melhores oportunidades? Quais seus principais desafios?
Murilo Natal é diretor da inFlux, uma das instituições de ensino de idiomas de maior destaque no Brasil atualmente. Em Uberlândia (MG), ele gere uma grande equipe de profissionais da área e compartilha aqui parte do processo que vivencia no dia a dia, recrutando e treinando professores de alta performance.
“Quando falamos em instrutor de inglês, tudo começa com a parte técnica. Em nosso processo de seleção desse profissional, elaboramos e aplicamos uma prova para nossos candidatos, cujo objetivo é identificar o domínio técnico do idioma. Posteriormente, vamos para um bate-papo, uma entrevista cujo objetivo é avaliar a habilidade oral e também conhecer um pouco mais o perfil, e posteriormente para uma semana de treinamento, durante a qual identificamos ajustes que precisam ser feitos na atuação deste profissional. Ao final, ele vai fazer uma apresentação de aula para avaliarmos o quanto ele conseguiu absorver da nossa metodologia de ensino. E principalmente se ele tem as soft skills para estar em sala de aula.
Soft skills fazem a diferença
Soft skills é um termo em inglês usado para definir habilidades comportamentais, competências subjetivas difíceis de avaliar.
De acordo com Murilo Natal, elas também são critério de eliminação no processo de seleção dos profissionais da inFlux e muito decisivas para o sucesso de qualquer carreira.
“O que vemos com muita frequência são pessoas querendo dar aula de inglês porque aprenderam o idioma e querem trabalhar com ele, mas que nem sempre têm as habilidades necessárias para estar em sala de aula. Na minha opinião, além de ter os requisitos técnicos, o instrutor de inglês tem que gostar de pessoas. Costumo dizer que a inFlux é uma empresa de pessoas voltada para pessoas. Quando algo não dá certo no processo de ensino, o erro geralmente está no profissional que domina a parte técnica, mas falha no ‘soft skill’. Ele se prepara e dá aula, mas não passa o conhecimento, adequando-o aos diversos perfis de alunos que estão em sala de aula”, explica Natal.
Ele lembra ainda que o processo depende do receptor, ou seja, do aluno. “No processo de ensino, é de extrema importância ter o seguinte ‘mind set’: conheço bem meu aluno, a minha turma? Sei quais desafios vou ter pela frente? Porque é preciso se preparar para receber cada aluno, cada turma, de forma específica. Quando o profissional tenta replicar a mesma aula para todos os seus alunos, não vai ter sucesso, porque falta o soft skill, a habilidade específica de fazer um pequeno ajuste, uma adequação ou adaptação comportamental de habilidade antes de replicar a aula”, afirma o diretor da escola de idiomas.
Inteligência emocional
Para o diretor da inFlux Uberlândia, o mercado vem se modificando, sim. Porém, uma coisa não irá se modificar: pessoas vão continuar gostando de pessoas.
“Quando um aluno vem aprender, ele quer ser bem recebido, ele quer sentir que tem alguém para o apoiar. No mundo já tem tanta cobrança, tanta pressão e a sala de aula tem que ser um ponto de apoio, de contato positivo, de uma experiência gostosa no processo de ensino entre mestre e aprendiz, a equipe e toda estrutura envolvida. Cada vez mais, acredito que vai faltar no mercado profissionais capazes de lidar com pessoas. E com isso, aqueles que souberem, que entenderem que seus alunos têm características específicas, que é preciso customizar suas entregas no trabalho, esse profissional, sim, vai se destacar”, acredita.
Dica prática para aplicar no dia a dia
Pense em uma chave de fenda apertando um parafuso. O que acontece se você apertar demais ou de menos? O parafuso vai espanar ou ficar frouxo? Ou seja… O grande desafio desse profissional é encontrar a tensão adequada a cada aluno para que a aula seja motivadora, desafiadora e para que o aprendizado aconteça!
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